O Futuro é Maduro

Envelhecimento populacional, saúde e as transformações que precisamos encarar agora

Se você atua na área da saúde, este texto é um convite – e talvez um alerta.

O Brasil ultrapassou os 76,6 anos de expectativa de vida em 2024 (IBGE). Até 2070, os idosos representarão 38% da população. Esse envelhecimento não é apenas demográfico — é estrutural e cultural. E seus efeitos já estão pressionando o sistema de saúde.

Recentemente, na Rocketbase, analisamos o estudo “Envelhecimento Populacional e o Impacto para os Serviços de Saúde”, apresentado no I Simpósio de Cuidados Continuados Integrados. A partir disso, produzimos esta curadoria com dados, análise crítica e direções estratégicas para quem quer liderar o futuro da saúde no Brasil.

O impacto já começou

Planos de saúde sob pressão

 51,6 milhões de brasileiros são beneficiários de planos (26,3% da população) 

31,2% dos beneficiários de planos individuais têm 60+ anos 

Internações de idosos custam 2,6x mais e duram em média 17 dias 

SUS no centro da crise 

Já atende 75% da população brasileira 

Projeção: R$ 67 bilhões a mais serão necessários na próxima década 

Consumo crescente, elasticidade limitada

Crescimento no uso de exames, procedimentos e medicamentos 

Saúde consome 9,6% do PIB; a maior parte via saúde suplementar

Envelhecer é também mudar de cultura

Como especialista na atualização do sistema operacional humano, vejo que longevidade é mais do que estatística: é mudança de narrativa.

Ter mais anos de vida não significa, necessariamente, viver melhor. O futuro exige modelos de cuidado que respeitem tempo, história e contexto — e que promovam autonomia e pertencimento.

Para founders, isso exige interoperabilidade, empatia e visão sistêmica. Para médicos, atenção contínua e coordenação de cuidado.Para a indústria, protagonismo em adesão, educação e inovação acessível.

Por Paulo "PC" Crepaldi, Head de Experiências da Rocketbase - Venture Studio

Fonte: I Simpósio de Cuidados Continuados Integrados