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A Nova Corrida do Ouro na Saúde: o que os unicórnios de 2025 revelam — e como ser protagonista da inovação, agora!

Seis meses, nove unicórnios em saúde (Janeiro a Junho 2025). Em um semestre dominado pela IA, a saúde consolidou‑se como um dos terrenos mais férteis para escala bilionária. Mas o que, de fato, a lista de unicórnios de 2025 nos diz sobre para onde o mercado está indo — e como médicos e executivos podem investir com inteligência?

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Para onde o mercado caminha: lições dos unicórnios
A partir do rastreio da Crunchbase e PitchBook reunido pelo TechCrunch, filtramos os unicórnios estritamente ligados à saúde no 1º semestre de 2025. São eles:
  • Function — healthtech (US$ 2,5 bi)
  • Pathos — biopharma (US$ 1,6 bi)
  • Nourish — telehealth/dietética (US$ 1,0 bi)
  • Chapter — healthtech/Medicare (US$ 1,38 bi)
  • Insilico Medicine — biotech/drug discovery (US$ 1,0 bi)
  • Abridge — medtech/IA em saúde (US$ 2,8 bi)
  • OpenEvidence — medtech/IA em saúde (US$ 1,0 bi)
  • Hippocratic AI — IA em saúde (US$ 1,6 bi)
  • Truveta — genética/pesquisa (US$ 1,0 bi)

Três categorias, uma só visão!
  1. IA aplicada à saúde já é “core”, não hype. Somados, os unicórnios explicitamente de IA em saúde (Abridge, OpenEvidence, Hippocratic) respondem por ~39% do valor total do grupo (US$ 5,4 bi de US$ 13,88 bi). A fronteira entre software e biologia está se tornando o novo padrão de produto.

  2. Plataformas e infraestrutura clínica seguem essenciais.Function (plataforma healthtech) e Chapter (navegação/Medicare) somam ~28% do valor (US$ 3,88 bi). A mensagem: ganhar em saúde exige infraestrutura transacional e regulatória — não apenas algoritmos.

  3. Biopharma com ciência + dados mantém tração — apesar do ciclo.Pathos e Insilico, focadas em descoberta e desenvolvimento de fármacos, representam ~19% do valor (US$ 2,6 bi). Mesmo com aperto no early stage, ciência com evidência clínica e eficiência de P&D ainda escala.

Métrica de velocidade: mediana de 5 anos da fundação ao status de unicórnio (média ≈ 6,7 anos). Sinal de que “tempo até impacto” encurtou quando tecnologia e prova clínica andam juntas.

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O pano de fundo do capital: seleção natural em biopharma
O 2º trimestre de 2025 trouxe um freio tático: queda de 40% no VC de biopharma (US$ 5,4 bi em 198 deals, mínimas plurianuais). Há um “risk‑off” para ativos pré‑clínicos e, com janelas de IPO limitadas (nenhum IPO de biopharma nos EUA no trimestre; China e Coreia do Sul tiveram três cada; apenas 14 aberturas no ano até junho), M&A se consolida como principal via de liquidez. O capital, porém, não sumiu: ele migrou para ativos clínicos e IA que encurte tempo e custo de desenvolvimento. Resumindo: prova clínica + eficiência operacional = moeda forte no ciclo atual.

Big Pharma e IA: do discurso ao orçamento
Em estudo da Define Ventures, 70% dos líderes em Farma veem IA como “prioridade imediata” — número que sobe a 85% entre as top 20. Mais de 80% estão aumentando os orçamentos para IA, com foco em frentes “baixo risco/alta eficácia”, como medical writing e automações que reduzem carga administrativa — e 100% dos executivos consideram essa redução um indicador de sucesso. Isso retroalimenta a tese dos unicórnios: IA que melhora a produtividade clínica está virando capex estratégico, não piloto.

O médico como investidor: o que o Medscape 2025 sugere
O relatório “Where Doctors Are Comfortable Investing: Medscape Report 2025” traz pistas valiosas para quem quer mobilizar capital médico:

  • Conforto em classes familiares. Os médicos tendem a preferir instrumentos com linguagem conhecida e liquidez (ex., produtos amplamente disponíveis e simples de acompanhar).
  • Baixo apetite por complexidade operacional. O tempo do médico é escasso; produtos com governança clara, relatórios objetivos e curadoria confiável elevam o conforto.
  • A educação move o ponteiro. Onde há conteúdo prático e suporte especializado, o nível de conforto aumenta — um convite para veículos que traduzem risco e horizontes de retorno com transparência.
  • Espaço para alternativas sob critérios de segurança. Quando o racional de risco é explícito, exposição a inovação em saúde (com prazos, covenants e acompanhamento) tende a ganhar espaço como parcela tática do portfólio.

Implicação prática: há capital médico disposto a investir, desde que a tese seja clínica e operacionalmente inteligível, com gestão ativa, métricas claras e relatórios que caibam no dia a dia do médico.

O que tudo isso significa para América Latina — e para você
O pipeline global mostra onde está o valor: IA aplicada a fluxos clínicos, plataformas operacionais que destravam a jornada do paciente e P&D com validação. A América Latina tem a vantagem da demanda reprimida e ambientes onde eficiência digital mostra resultado rápido — condição ideal para originação de ativos que combinem impacto mensurável e escala.

Onde investir agora: FIP Rocketbase Multiestratégia




Para transformar tese em posição, o FIP Rocketbase Multiestratégia é o caminho de acesso a um portfólio multi‑estratégia em saúde, com curadoria direcionada ao que o semestre já provou funcionar:

  • Teses com tração clínica e operacional, aderentes ao filtro do mercado (menos pré-clínico de alto risco; mais eficiência e validação).
  • IA aplicada a produtividade clínica e alavancagem de dados.
  • Gestão ativa orientada à criação de valor — do produto à distribuição — e preparo para saídas por M&A no ciclo atual.

Convite: se você é médico (a), investidor ou executivo, e quer um veículo alinhado às evidências como exposto nesse artigo, converse com a equipe da Rocketbase. Este é o momento de sair da arquibancada e participar da construção dos próximos líderes em saúde.

Referências
  • TechCrunch – Using data from Crunchbase and PitchBook, tracked the VC‑backed startups that became unicorns so far this year. Updated list (Jan–Jun/2025). – Inclui Function, Pathos, Nourish, Chapter, Insilico Medicine, Abridge, OpenEvidence, Hippocratic AI e Truveta, com valuations e estágios conforme Crunchbase e PitchBook anotados no material.
  • Resumo analítico – VC em Biopharma (Q2/2025): “VC investment in biopharma declines 40% in Q2” – US$ 5,4 bi em 198 deals; nenhum IPO nos EUA no trimestre; três IPOs na China e três na Coreia do Sul; 14 IPOs globais no ano até junho; ênfase em M&A.
  • Define Ventures – AI in Pharma (2025): 70% veem IA como prioridade imediata; 85% entre top pharmas; >80% ampliam orçamento; foco em low‑risk/high‑efficacy (ex.: medical writing); 100% associam redução de carga administrativa a sucesso.
  • Medscape – Physicians and Investing Report 2025 (infográfico “Where Doctors Are Comfortable Investing” anexado): principais achados sobre conforto do médico em classes de ativos e condições que elevam a propensão a investir.
  • FIP Rocketbase Multiestratégia – materiais institucionais anexos (screenshots): tese multi‑estratégia em saúde.

Paulo "PC” Crepaldi 
Cofundador e  Behavior Designer Líder de Experiências na Rocketbase Venture Studio


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